Embalado pelos altos índices de popularidade de sua primeira gestão no Palácio das Princesas, Eduardo Campos foi reeleito governador de Pernambuco neste dia 3 de outubro. A disputa nas urnas, como previram as pesquisas, esteve longe de ser apertada. Durante os últimos dois meses de corrida eleitoral, sondagens feitas pelos institutos Datafolha e Ibope mostraram Campos com pelo menos 40 pontos de vantagem sobre seu principal oponente, o peemedebista Jarbas Vasconcelos.
Campos, durante a campanha, prometeu preservar os projetos de sucesso de seu primeiro governo, construiu uma ampla base de apoio (contando inclusive com membros do PSDB, partido não alinhado ao PSB) e associou fortemente sua imagem à do presidente Lula, de quem já foi articulador no Legislativo e ministro da Ciência e Tecnologia.
Seu prestígio, porém, foi atacado diversas vezes pelos adversários durante a disputa. Jarbas, por exemplo, criticou o pessebista por sua atuação durante as enchentes que castigaram Pernambuco em meados do ano, matando dezenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados (Campos, na época, virou notícia por não haver equipado o Estado com radares capazes de prever grandes tempestades). Também acusou o rival de, quando governador, haver realizado repasses estaduais a prefeitos em troca de apoio político o que Campos negou.
Com a vitória tranquila nas urnas, o pessebista já é apontado como um dos novos grandes líderes da esquerda no país.