“A vitória tem muitos pais e a derrota sempre é órfã. Mas eu quero assumir a minha derrota”. A frase é do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), em entrevista nesta manhã de quinta-feira (28) ao Panorama Seridó, na Rádio Caicó AM. E ele já se adiantou em dizer que sua atitude não seria nenhuma forma de poupar ninguém, da responsabilidade pelo seu insucesso eleitoral, quando disputou o Governo com a democrata Rosalba Ciarlini. Nem mesmo Wilma de Faria, que para alguns, a herança administrativa deixada por ela para Iberê, pode ter sido um dos grandes fatores que contribuíram para a sua derrota.“Tivemos pouco tempo de campanha. Enfrentei uma doença, que não possível chegar a visitar todos os municípios, deixamos de visitar cerca de 50 municípios. Por outro lado, as coligações que o nosso grupo fez não nos ajudaram, pelo contrário, criou algumas dificuldades no decorrer da campanha. A escolha do nosso vice-governador foi muito demorada, ficamos aguardando como seria nossa coligação. Mas passou, serve como lição para que a gente possa evitar isso, em outras oportunidades”, disse Iberê.
O governador também deixou claro que não tem interesse em assumir o comando da oposição à futura governadora, mas reafirmou que, pela disputa que teve com ela e a votação que recebeu dos potiguares, se sente no direito de fazer uma oposição responsável, que não seja raivosa e nem radical. Com relação ao seu futuro? “Eu não estou muito preocupado com isso. Minha principal meta agora é concluir meu mandato… Vou deixar o tempo passar um pouco, mas vou ficar acompanhando toda a movimentação política e cuidar um pouco também das minhas atividades particulares. E vou ficar na expectativa vendo oportunidade de poder continuar participando, ou como candidatou ou ajudando, já que quero continuar militante no meu partido”, concluiu.
Por: Marcos Dantas.