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Marina Silva é ruim para Dilma e muito pior para Aécio

Blog do Mário Magalhães
O retrato da disputa presidencial recém-divulgado pelo Datafolha foi feito em circunstâncias excepcionais, a comoção pela morte de Eduardo Campos. No rol de candidatos apresentados, o do PSB passou a ser Marina Silva, a vice da chapa do neto de Miguel Arraes. Só adivinhos sabem se o levantamento agora recolhe intenções de voto vitaminadas na antiga senadora ou se marca apenas o começo da sua ascensão.

Com uma postulante que aparece quatro pontos à frente de Dilma Rousseff no segundo turno, se os próceres do PSB não confirmarem Marina, firmam o atestado de óbito da legenda (a ambientalista ostenta 47% a 43% contra a petista, empate técnico, no limite da margem de erro de 2 pontos). 

Marina castiga tanto a campanha da presidente quanto a do tucano Aécio Neves. Aécio prosseguiu com os mesmos 20%. Em suma, PSB trocou os 8% de Eduardo Campos no mês passado pelos 21% de Marina em agosto possivelmente colhendo simpatia entre quem não pretendia escolher nem o PT nem o PSDB.

Dilma continua com seu lugar no segundo turno, rodada final que antes não era certa, mas que sempre tive como provável. Já Aécio, e por isso o senador perde muito mais com o novo cenário, é a passagem ao embate derradeiro que passa a estar ameaçada. Para chegar lá, ele terá que confrontar Marina, mesmo sem contundência, o que poderia levá-lo a perder o apoio de eleitores da ex-ministra, no caso de segundo turno PT x PSDB.