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O abastecimento de água vem sendo afetado pela eutrofização, processo em que a ocupação das áreas de mananciais gera resíduos líquidos e sólidos que são fontes de nutrientes para cianobactérias produtoras de toxinas que iniviabilizam o uso para consumo humano. Para enfrentar esse problema, pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveu e avaliou um sistema de tratamento baseado nas técnicas de dupla filtração, oxidação e adsorção. O método testado pelo engenheiro e professor Marco Antonio Calazans Duarte conseguiu maior eficiência na remoção de toxinas adequando a qualidade da água às exigências do Ministério da Saúde.
A ideia foi criar um processo com tecnologias simples e robusto, a custo acessível, pois o uso de uma única técnica não consegue remover as cianobactérias e suas toxinas (cianotoxinas) em sua totalidade”, diz o engenheiro. Antes da dupla filtração é realizada uma pré-oxidação, em que é adicionado um oxidante (na pesquisa utilizou-se cloro, mas também podem ser adotados o dióxido de cloro, ozônio e permanganato de potássio) que reage com a matéria orgânica e toxinas presentes na água.
Para testar o método, uma estação de tratamento de água em escala reduzida foi montada no Açude Gargalheiras, represa localizada na cidade de Acari, sertão do Rio Grande do Norte. Construída em 2007 e 2008, a estação operou com vazões entre entre 175 e 1050 litros de água por hora até 2009. “Esse experimento permite extrapolar os dados para estimar os resultados de um projeto em escala real”, ressalta o engenheiro. “A iniciativa deverá ser utilizada na melhoria de estações de tratamento no Rio Grande do Norte e em outros Estados, cujos mananciais tenham características semelhantes às que foram verificadas no estudo”. Após a pesquisa, a estação foi transferida para a cidade de Extremoz, próxima a Natal, capital do Rio Grande do Norte, para estudos da utilização do sistema nos mananciais da região.
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