“Muito obrigado pela força! Mais de três mil manifestações de apoio postadas no cirogomes.com. Sigo lutando!”
A afirmação de Ciro acontece no dia que a cúpula do PSB desembarca em Brasília para tentar convencer o deputado a sair da disputa presidencial. Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, vai a Brasília hoje conversar com Ciro.
Daqui a uma semana, dia 27, a Executiva Nacional do PSB pretende bater o martelo sobre a candidatura de Ciro à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na contabilidade do PSB, a renúncia de Ciro pode virar moeda de troca na negociação com o PT em alguns Estados.
A candidatura de Ciro, que já dividia o partido, perdeu força nos últimos dias após o deputado ter pressionando o PSB a decidir seu futuro. A avaliação de parte da cúpula do partido é que Ciro foi "grosseiro" e "deselegante" no texto que publicou em seu blog.
No entanto, Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, negou que o partido esteja "negociando" com o PT a retirada da candidatura de Ciro Gomes em troca do apoio de petistas em alguns Estados.
- Não existe isso. Até porque o PT tem muito pouco a oferecer hoje ao PSB.
A avaliação de parte da cúpula do PSB é que a candidatura de Ciro perdeu densidade com a polarização da eleição presidencial entre a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra. Um dos sinais foi o fato de Pedro Brito, ministro da Secretaria Especial dos Portos, não ter se desincompatibilizado, no início de abril, para disputar uma vaga na Câmara. Brito é ligado a Ciro - foi seu secretário executivo no Ministério da Integração Nacional, no primeiro mandato de Lula.