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Partidos formam bloco no RN apenas para candidato ao Senado

Após semanas de negociação, a prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV) e os deputados federais Henrique Eduardo Alves (PMDB) e João Maia (PR) finalmente selaram aliança entre as três legendas com vistas às eleições de outubro. Pela definição do grupo, costurada junto aos principais detentores de mandato de cada uma das legendas, PV, PMDB e PR se coligarão oficialmente na majoritária - apenas para o Senado, com a candidatura do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) - e na proporcional (estadual e federal).

Essa foi a solução encontrada para contemplar a divisão no seio peemedebista, considerando que Henrique e Garibaldi não chegaram num consenso quanto o apoio ao governo do estado. Assim, todos ficam livres para apoiarem quem quiser para o governo. João Maia e Henrique apoiam o governador Iberê Ferreira (PSB) e Garibaldi, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Esta última deverá ser a opção do PV. O PR, sobretudo João Maia, se beneficiacom a soma do coeficiente eleitoral. Pelas contas do grupo, com Henrique, João e o vereador Paulo Wagner (PV), estariam asseguradas as reeleições dos dois federais.

No caso do PV, além da indicação do primeiro suplente de senador, muito provavelmente a ex-secretária de Assistência Social Rosy de Sousa (PV), o partido teve a garantia do apoio administrativo e a intermediação dos deputados João Maia e Henrique Alves, junto ao governo federal, com o objetivo de conseguir recursos para a Prefeitura de Natal.

Nesse sentido, o deputado Henrique disse reiteradas vezes, durante o processo de construção da aliança, que assumia o compromisso de intensificar uma parceria administrativa e que levaria Micarla a Brasília, inclusive ao presidente Lula e à ex-ministra Dilma Rousseff, apresentando-a como "minha aliada em Natal".

Segundo a prefeita Micarla de Sousa, o entendimento com o PMDB e o PR foi "tranquilo". "Acreditamos que essa é a melhor opção para o nosso partido. Vamos marchar unidos este ano", afirmou. A prefeita afirmou que durante as negociações foram feitas várias reuniões entre as três legendas, incluindo discussões internas em cada partido.

Quanto à impossibilidade de pedir votos no palanque eletrônico - guia eleitoral na TV e no rádio - para o candidato a governador, Micarla de Sousa disse não acreditar em prejuízos. "Até porque todos já sabem minha posição, independente de subir em palanque. Se é que vai existir palaque esse ano?!", brincou.

Por:Flávia Urbano e Erta Souza, do Diário de Natal