.

Eduardo Cunha agora pode trabalhar abertamente contra o Governo Dilma


Eduardo Cunha é o maior exemplo da celebre frase de que não se perde aquilo que nunca se teve. O presidente da Câmara dos Deputados nunca esteve no Governo Dilma, do qual seu partido é aliado e tem o vice-presidente, Michel Temer. Se for feito um balanço de seis meses da gestão de Cunha no legislativo nacional será possível comprovar tal hipótese.

Mais recentemente foi a proposta de financiamento empresarial, da qual Cunha contrariou de especialistas e muitos parlamentares. O golpe de votação em dias diferentes da mesma proposta atingiu os objetivos do presidente da casa.
Quer uma lista de posicionamentos que Cunha foi de encontro ao Governo que ele dizia apoiar? Projeto da terceirização, restringiu direitos trabalhistas e previdenciários na votação das Medidas Provisórias 664 e 665, engavetou a CPI dos Planos de Saúde, apoia a revisão do Estatuto do Desarmamento, redução da maioridade penal, atrapalhou o relatório da Comissão Especial da Reforma Política e muitos outros pontos lamentáveis.

Fora citar as denúncias contra deputados que até hoje esperam despacho pela Presidência à Corregedoria, com pedidos de sindicância na Casa, além claro o shopping center através de uma Parceria Público-Privada (PPP).

O autoritarismo de Cunha é outro capítulo a parte, o que motivou montagens comparando ele aos líderes totalitários da Europa das décadas de 1930 a 1940, como Adolf Hitler e Benito Mussolini. Fechamento das galerias em votações polêmicas, intenção de instalar catracas de acesso em espaços públicos do Congresso, e até uso de gás de pimenta. Fora citar a falta de transparência com muitos processos e situações que deixaram a maior casa legislativa do País com baixo conceito.

Cunha ainda nos últimos dias levantou a bandeira do parlamentarismo no Brasil, o que deixou claro para muitos a sua intenção de alavancar mais poderes no seu projeto político conservador. Como será essa nova fase política com Eduardo Cunha na oposição é uma incógnita, o que temos de certo é a chegada do “inferno astral” de Dilma e do PT.

Por: Wallace Maxsuel